O que será que me dá
Que me bole por dentro, será que me dá
Que brota à flor da pele, será que me dá
E que me sobe às faces e me faz corar
E que me salta aos olhos a me atraiçoar
E que me aperta o peito e me faz confessar
O que não tem mais jeito de dissimular
E que nem é direito ninguém recusar
E que me faz mendigo, me faz suplicar
O que não tem medida, nem nunca terá
O que não tem remédio, nem nunca terá
O que não tem receita
O que será que será
Que dá dentro da gente e que não devia
Que desacata a gente, que é revelia
Que é feito uma aguardente que não sacia
Que é feito estar doente de uma folia
Que nem dez mandamentos vão conciliar
Nem todos os unguentos vão aliviar
Nem todos os quebrantos, toda alquimia
Que nem todos os santos, será que será
O que não tem descanso, nem nunca terá
O que não tem cansaço, nem nunca terá
O que não tem limite
O que será que me dá
Que me queima por dentro, será que me dá
Que me perturba o sono, será que me dá
Que todos os tremores me vêm agitar
Que todos os ardores me vêm atiçar
Que todos os suores me vêm encharcar
Que todos os meus nervos estão a rogar
Que todos os meus órgãos estão a clamar
E uma aflição medonha me faz implorar
O que não tem vergonha, nem nunca terá
O que não tem governo, nem nunca terá
O que não tem juízo
terça-feira, 6 de outubro de 2009
sábado, 8 de agosto de 2009
Família.
E a música me pegou tentando prestar atenção na leitura do jornal
e algo mexeu em mim.
Uma imagem nítida de outros tempos
Meu pai cantando feliz
batendo o ritmo com as mãos
Sorrindo.
Para nós
Eu e a Jú
Sorríamos de volta
de vergonha,
de alegria,
ao ver ele no semi passo de samba
Sacodindo o corpo
no seu samba.
E o rosto...levantando a sobrancelha, com suas caretas características
Para nós.
Em um tempo, odiava os fins-de-semana naquela chácara.
Hoje essa imagem veio com nostalgia
Não odiava essa cena em particular, que fique claro. Muito pelo contrário.
O olho quis lacrimejar.
Saudade.
não de reviver.
mas de quem compartilhou o passado comigo.
Daquele sorriso dele.
Hoje eu aqui.
No boteco
gente estranha
Ele.
ele lá.
Sozinho
Cerveja na padaria.
Ela.
Ela...
Ela ali...
e aqui entre nós.
e algo mexeu em mim.
Uma imagem nítida de outros tempos
Meu pai cantando feliz
batendo o ritmo com as mãos
Sorrindo.
Para nós
Eu e a Jú
Sorríamos de volta
de vergonha,
de alegria,
ao ver ele no semi passo de samba
Sacodindo o corpo
no seu samba.
E o rosto...levantando a sobrancelha, com suas caretas características
Para nós.
Em um tempo, odiava os fins-de-semana naquela chácara.
Hoje essa imagem veio com nostalgia
Não odiava essa cena em particular, que fique claro. Muito pelo contrário.
O olho quis lacrimejar.
Saudade.
não de reviver.
mas de quem compartilhou o passado comigo.
Daquele sorriso dele.
Hoje eu aqui.
No boteco
gente estranha
Ele.
ele lá.
Sozinho
Cerveja na padaria.
Ela.
Ela...
Ela ali...
e aqui entre nós.
quinta-feira, 7 de maio de 2009
Para Bahia
23 horas.
hoje eu só quero emburrecer vendo a tv.
e esperar o telefonema que faz o meu dia.
hoje eu só quero emburrecer vendo a tv.
e esperar o telefonema que faz o meu dia.
domingo, 1 de março de 2009
quarta-feira, 21 de janeiro de 2009
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