segunda-feira, 28 de outubro de 2013

ode a saudade de você.

uma saudade daqueles almoços de domingo, que podiam ser até de quarta.

do seu sorriso ao nos ver chegar.

de ver você paradinha já na porta, antes do elevador abrir.

do seu susto, quando eu já adulta, aprendi a dizer eu te amo.

de me ligar no dia seguinte para explicar.

e eu sorrir um sorriso de riso.

dos milhares de questionamentos que chegavam a ser chatos, mas que me vejo sendo chata igual. E que agora sei, ser inerente a nós.

sendo exitante e enlouquecedor ao mesmo tempo.

suas "repreensões" com a minha falta de etiqueta.

da minha alegria de ver você chegando de surpresa para a minha apresentação, para no dia seguinte me fazer a pergunta mais embaraçosa sobre um outro tema, mas você sempre esteve atenta e notava nas nuances de comportamento e detalhes presentes.

não consigo lembrar o último abraço que te dei.

não me lembro de afagos, carinhos, mas sim dos vários pedidos de beijo para os netos, sem mais nem menos.

lembro do aperto ao passar de ônibus e ver  você sair sozinha para ir almoçar e saber o quanto você odiava aquilo, o quanto doía ficar só.

e da sua preocupação em todo santo inverno me ligar e perguntar: filha, você tem agasalho o suficiente?




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