Sabe Patrícia, às vezes sinto um dor. Absurda. De um vazio tão fundo. Que nunca soube de onde veio.
Já te contei que desde que me lembro eu fui assim. Essas dores, afiadas, que chegam ao nada. Como se eu sentisse tanto, que parece que não sinto nada.
É, acho que não sei descrever. E faço tantos absurdos durante esse não sentir, como buscar a última pessoa que esteve por aqui.
Eu sei, eu sei, não é ela. Nunca foi. Mas eu fiz mais do que já fiz. Senti. Apaixonei.
E hoje, de novo, lancei um pedido de ajuda desesperado cheio de mágoa, quem nem dela era.Não sei porque chamo de pedido de ajuda. É só uma tristeza absurda que vem de vez em quando. E é muito a se pedir.
Ela, que não entende metade do que eu digo. E quem entenderia?
Falei, dorme comigo de despedida. Mas, na verdade, não é despedida, é que não quero ficar sozinha. Ta difícil, a vida. Mas não é isso também. Queria que viesse correndo e desse colo como eu faria.
Disse tudo isso. No auge da crise. E ela disse, você não entende. E eu: você também não.
E quem entenderia?
Ela acha que é cobrança. Eu acho outra coisa. Ficamos assim.
Mas, sei, que com tudo, era ela que servia agora. Não sei porque. Não sei explicar.
Já fiz isso em diversas vezes, com diversas pessoas.
Não sei o que fazer para isso mudar.
Isso de uma vida inteira.
A cada festa tem sempre um momento em que fico mal. Já te falei isso, lembra? Vem e parece que não saio mais. Acabo chorando.
É horrível. Parece que sempre busco aquele cuidado. Alguém que venha e cuide.
Será coisa de mãe?
De mim?
Vou para por aqui. Minha gata tá aqui, pedindo atenção, chamando com a pata e agora parece que abraçou meu braco.
O pedacinho cheio de pelo de alegria desse ano.
domingo, 30 de novembro de 2014
terça-feira, 25 de novembro de 2014
Porque ser trouxa tá na moda
quédize..
a pessoa termina comigo. fala que não consegue me amar
e numa conversa amistosa
eu me proponho a fazer uma lista de coisas que gosto dela
QUAL É O PROBLEMA COMIGO?
a pessoa termina comigo. fala que não consegue me amar
e numa conversa amistosa
eu me proponho a fazer uma lista de coisas que gosto dela
QUAL É O PROBLEMA COMIGO?
segunda-feira, 24 de novembro de 2014
é do fim de a Culpa é das Estrelas.
e vai ficar aqui só para constar.
engraçado que não lembro disso no livro.
mas só no filme me doeu. me marcou.
sim, é o momento.
sempre são os momentos.
"You don't get to choose if you get hurt in this world...but you do have some say in who hurts you. I like my choises".
e vai ficar aqui só para constar.
engraçado que não lembro disso no livro.
mas só no filme me doeu. me marcou.
sim, é o momento.
sempre são os momentos.
"You don't get to choose if you get hurt in this world...but you do have some say in who hurts you. I like my choises".
eu tenho uma foto minha criança colada no computador.
foi uma ação qualquer no trabalho e ao devolverem colei aqui.
bem de frente para mim.
a touquinha branca, coisa da minha avó.
mordendo o beiço fazendo graça.
tenho a impressão que sempre fui essa com um peso no peito.
fazendo graça para os outros ao redor estarem bem.
o olhar longe e vago.
mas não nessa foto.
queria saber como era essa menina.
que vivia antes das minha lembranças.
vagas, de uma pouca idade.
nasceu e já tinha responsabilidades.
soube recente, que me preocupada desde pequenininha, como diria minha outra avó.
ainda não sei porque coloquei aqui. e olho sempre.
talvez porque seja ela, aquela criança, a única que caminhou comigo a vida toda.
a presença constante. eu.
ela ali dizendo: eu to sempre aqui.
e é a única que realmente está.
ahh se eu pudesse abraçar a guriazinha de toca branca
sorriso safado
e mostrar,
ei, não estamos sozinha.
temos uma a outra.
e é com isso que vamos contar o resto da vida.
um dia com rugas, estaremos três.
estivemos sempre aqui.
é o que restará
junto com o que espalhamos por aí.
foi uma ação qualquer no trabalho e ao devolverem colei aqui.
bem de frente para mim.
a touquinha branca, coisa da minha avó.
mordendo o beiço fazendo graça.
tenho a impressão que sempre fui essa com um peso no peito.
fazendo graça para os outros ao redor estarem bem.
o olhar longe e vago.
mas não nessa foto.
queria saber como era essa menina.
que vivia antes das minha lembranças.
vagas, de uma pouca idade.
nasceu e já tinha responsabilidades.
soube recente, que me preocupada desde pequenininha, como diria minha outra avó.
ainda não sei porque coloquei aqui. e olho sempre.
talvez porque seja ela, aquela criança, a única que caminhou comigo a vida toda.
a presença constante. eu.
ela ali dizendo: eu to sempre aqui.
e é a única que realmente está.
ahh se eu pudesse abraçar a guriazinha de toca branca
sorriso safado
e mostrar,
ei, não estamos sozinha.
temos uma a outra.
e é com isso que vamos contar o resto da vida.
um dia com rugas, estaremos três.
estivemos sempre aqui.
é o que restará
junto com o que espalhamos por aí.
quarta-feira, 19 de novembro de 2014
segunda-feira, 17 de novembro de 2014
Carta para você
Porque apareceu.
Me fez ficar.
Por que fingiu querer ficar?
Há 04 dias me ligou dizendo o quanto sentia a minha falta. E
que chegava a doer.
Falou que estava se apaixonando.
Hoje, as coisas mudaram.
E sobrou uma escova de dente pendurada no banheiro.
A almofada que eu nunca mais vou conseguir abraçar.
E as lembranças que dançam no meu quarto.
Não, para mim as coisas não são assim, frias, objetivas,
fáceis.
E não adianta nada que eu fale ou faça.
Você não quer ir além. Oferecer mais.
Acha que faz muito, mas se esconde.
Você quer mais, mas o inverso não.
Talvez eu tenha me enganado demais com você.
E mesmo assim. Cai. Por você.
Achei que poderia ajudar. Que seríamos mais. Que se eu
tivesse paciência e cuidado você ia começar a sentir, a se abrir, a deixar
rolar, sentir sem segurar.
Eu jurava que era só isso que precisava.
Mas não é. Não é porque você não quer.
Você prefere assim, ser um muro.
Mas muros machucam para não serem machucados.
Por mais que você tente.
Doí demais você não enxergar. Não perceber, que não, eu não
sufoco. O inverso sim. Mas, até isso, achei que se eu mostrasse que eu sou
diferente, que não sou como a maioria, que você podia acreditar, que se eu conversasse
tudo isso ia se ajustar. Que você saberia, que quando sou de alguém, sou de
alguém e pronto.
Mas você gosta da insegurança, você gosta de provocar isso
no outro, acha que é importante que o outro saiba que não tem você 100%, que
então é melhor sempre ir atrás e tentar mais. Gosta do ciúme, mas quando
demonstra demais já não quer.
Você vai ser sempre a pessoa que se contradiz a cada minuto e
me deixa perdida.
E até nisso, abri todas as exceções e tentei lidar.
Abri todos os meus pré-conceitos sobre o que considero essencial,
para você bagunçar. Quis mostrar, tudo
que eu gosto para que você soubesse quem sou eu.
Mas você não quis ver. Nunca quis.
Você testa. Ameaça ir embora. Não atende. Não responde.
Nada disso me serve.
Mas servia você. Quando estávamos juntas bem.
Quando você estava disposta a ceder um pouco, e foi pouco.
E eu me dispus a ceder. Até no apelido.
Abri as portas. Apresentei minha família, me expus.
Tentei dessa vez tudo que não tentei com mais ninguém. Quis
fazer diferente, quis ser melhor.
Mas não adianta se for só eu. Se não for recíproco. E ouvir que fui que
estraguei tudo.
É uma pena mesmo você não ver.
Até mesmo todo o tempo que usei para escrever isso, pode ser
que não tenha valido de nada.
Que o que você quer é outra coisa mesmo. Alguém que faça tudo
como você quer. Alguém com a mesma maturidade e as mesmas ideias.
Talvez você, realmente, não saiba o que é gostar de verdade,
se apaixonar ou amar. Ou nunca tenha se permitido.
E mesmo doendo. Muito. Ainda te liguei na noite anterior, e
se você tivesse atendido eu teria tido: Apesar de tudo, queria dormir com você
nessa noite fria.
sábado, 15 de novembro de 2014
quarta-feira, 12 de novembro de 2014
deixei o café pela metade
naquela manhã cinza.
ouvi a música no repeat
enquanto o nosso contato diário pisca na tela do meu celular.
não quero.
não quero amenidades.
quero discussões acaloradas sobre assuntos diversos que não seja sobre nós.
mostrar,
descobrir,
aprofundar.
afundar.
deveria fazer parte.
mas não.
não faz.
naquela manhã cinza.
ouvi a música no repeat
enquanto o nosso contato diário pisca na tela do meu celular.
não quero.
não quero amenidades.
quero discussões acaloradas sobre assuntos diversos que não seja sobre nós.
mostrar,
descobrir,
aprofundar.
afundar.
deveria fazer parte.
mas não.
não faz.
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